Muito além de alcançar os objetivos e
metas propostos para as equipes, os líderes precisam estar atentos a outros
aspectos que impactam diretamente nos resultados. Um dos aspectos que precisam
ser considerados são os fatores emocionais.
Um funcionário que está fisicamente bem,
pode muitas vezes não estar mentalmente nas mesmas condições. Para perceber
essas alterações é preciso que os líderes tenham um contato mais próximo com a
equipe de modo que sejam capazes de perceber possíveis alterações ou aspectos
que levem a alterações comportamentais. Essas alterações comportamentais podem
ter, como origem, diversos fatores.
Assim como o corpo dá sinais quando
estamos passando por alguma enfermidade que interfere diretamente no nosso
estado físico, quando se trata do lado emocional não é diferente. A mudança de
comportamento no dia a dia, a mudança do estado de humor, a queda de
produtividade e a falta de envolvimento com as tarefas, podem indicar que o
funcionário passa por algum problema de ordem psicológica. Também é comum que
os aspectos emocionais causem alguma enfermidade física, o que é chamado de
doenças psicossomáticas. É comum encontrarmos nas empresas pessoas que
desenvolveram a depressão, o presenteísmo e a Síndrome de Burnout, devido a
inúmeros fatores que podem ser externos ou internos a organização.
Quando a causa está relacionada com
fatores externos à empresa, o líder deve procurar fornecer as melhores
condições para que o funcionário consiga superar as dificuldades e retomar seu
papel na organização. Compreender o funcionário em seus dilemas do dia a dia o
ajuda a superar as dificuldades e cria uma relação de confiança e proximidade
com o líder.
Porém, quando a causa está diretamente
ligada a fatores internos à organização, o líder precisa fazer uma avaliação
sobre tais causas junto com o RH e desenvolver estratégias capazes de conter os
fatores e assim evitar o adoecimento em série dentro da equipe.
As doenças ocupacionais psicossociais são
uma das principais causas do absenteísmo nas empresas gerando prejuízos no
desenvolvimento dos processos e no planejamento para o alcance de metas. As
principais razões que levam a essas doenças são:
·
Excesso de trabalho;
·
Ambiente desfavorável;
·
Baixas possibilidades de promoção gerando
a desmotivação do funcionário;
·
Assédio moral ou sexual no ambiente de
trabalho;
·
Insegurança profissional decorrente do
ambiente de trabalho;
·
Excesso de estresse relativo à função
desempenhada
Além disso, tais doenças costumam
apresentar alguns sintomas físicos que se manifestam através de:
·
Baixo desempenho;
·
Acidentes de trabalho;
·
Fadiga;
·
Depressão;
·
Gastrites e úlceras;
·
Pressão alta, entre outros.
Diante de tudo isso, o líder e o RH da
empresa precisam avaliar constantemente o clima organizacional, pois ele poderá
apresentar alguns indícios de possíveis problemas psicossociais dentro da
organização. Para isso é necessário apresentar um plano de ação capaz de
prevenir tais problemas. O plano de ação deverá contemplar a valorização da
dimensão humana no ambiente organizacional com foco na gestão do estresse
laboral, visando desenvolver a constante motivação e o sentimento de pertencimento
no funcionário. É preciso criar ambientes que garantam a saúde dos funcionários
promovendo o bem-estar de cada um deles.
Com isso, as organizações passarão a ter
menores índices de afastamento decorrente das doenças ocupacionais
psicossociais e os resultados das equipes serão cada vez mais satisfatórios.
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